Pra fazer fotos 360×180° eu diria que o uso de uma cabeça de tripé apropriada é fundamental. Aos profissionais eu recomendaria a aquisição de uma cabeça comercial, já que a grana sai como um investimento e não despesa. Aos curiosos, amadores e profissionais que querem só ter uma noção da coisa eu apresento esse projeto simples, que imagino que muitos poderão realizar ou pedir a um amigo mais “engenhoqueiro” que o faça.
Durante meu aprendizado do processo eu levei alguns anos achando que uma lente com um ângulo de visão maior era fundamental para conseguir compor uma foto da esfera completa. Eu estava enganado. É possível fazer fotos com QUALQUER câmera, desde que você consiga fazê-la girar em torno do ponto sem erro de perspectiva (SEP) também chamado NPP (No Parallax Point).
Recomendo a leitura do material que usei num curso, entre a páginas 5 e a 18, para uma noção do que é o ponto SEP e como usá-lo até sem uma cabeça panorâmica. Aqui mais informações sobre como encontrá-lo. Quanto mais próximo do SEP for o eixo de giro no ato da foto, melhor as linhas se encaixarão. Para isso uma cabeça apropriada é uma boa solução.
Um dos principais objetivos aqui é a simplicidade, não só pelo custo, mas também para que mais pessoas possam executar o projeto de fato e para que ele funcione melhor. Eu já fiz dois modelos mais complexos antes de propor este e uma das lições que trago é que quanto mais simples, menos pontos onde podem ocorrer problemas.
Junto com o segundo modelo, montei também uma base para a rotação em passos definidos: um rodador.
Não recomendo seguir nenhum desses dois modelos. Proponho aqui simplificações.
Desenho geral da solução proposta
A proposta é trocar a cabeça do seu tripé por essa cabeça, que consiste basicamente de um “L” na base e uma barra que será um braço preso no “L” e onde a máquina ficará presa, como podemos ver no primeiro desenho da Figura 1. O braço é preso ao “L” por um parafuso com porca borboleta. A base do “L” fica presa no tripé por uma porca borboleta e um parafuso com uma porca borboleta fixa a máquina ao braço, como podemos ver no segundo desenho (acima à direita) da Figura 1. O grande segredo é onde exatamente fazer os furos.
Medidas necessárias
Na figura 1 podemos ver a marcação de duas medidas, A e B. A medida A é fácil de se obter. Vai do centro da lente até a base da câmera. Lembre-se de que, se for usar um grip de bateria, deve considerar a medida com ele. Pode, alias, fazer dois furos, um para a cada medida, com e sem ele. A medida B é um pouco mais complicada, pois depende do conhecimento de onde se encontra a entrada da pupila da lente, o famoso “ponto sem parallax” mencionado ali em cima. Há um registro no wiki do panotools de várias medidas para várias câmeras e lentes. Neste site a medida B está dividida em L1 + L2, sendo uma a medida da máquina e a outra a da lente. É necessário somá-las para chegar na medida B. Veja se a sua se encontra por lá. Se não a encontrar, pense em contribuir com a base de dados quando obtiver as suas. Basta criar uma conta no site para poder editar as páginas.
A lente ultrapassa o limite da base da câmera?
É importante ainda ver se sua lente ultrapassa a medida da base da câmera. Veja a figura 2: na imagem 1 a lente não ultrapassa a linha do plano da base da câmera; já na segunda imagem podemos ver uma situação em que a lente encostaria na barra se a câmera fosse presa diretamente sobre ela. Se seu caso é como o segundo, mesmo que em menor intensidade, você poderá simplesmente usar mais um(ns) pedaço(s) do mesmo alumínio usado para a barra para fazer um “calço” para a câmera, afasntando-a da barra onde ela ficará presa.
Caso não tenha as medidas, dê uma olhada no material do curso que mencionei antes sobre como medir o ponto sem parallax. Será necessário então construir uma cabeça que permita ajustar a posição da câmera no braço até verificar onde está o ponto sem parallax. Se sua câmera for uma DSLR você está com sorte. O anel colorido na lente representa em geral o local onde está o diafragma e consequentemente é o melhor chute sobre onde está o ponto sem parallax. Eu uso uma lente de 6.5mm e uma de 10, ambas posicionadas sobre o anel e é só sucesso.
Com mais uma barra e um conjunto parafuso+porca borboleta é possível fazer uma cabeça ajustável como a mostrada na figura 3. Fica aqui a ideia e continuaremos com a montagem do braço padrão.
Parafuso da cabeça do tripé
Outra coisa importante é verificar a medida do parafuso do seu tripé. É preciso que ele tenha a cabeça removível. A maioria dos tripés que são assim tem um parafuso de 3/8” (três oitavos de polegada) para fixar a cabeça. Alguns, porém, tem um parafuso de 1/4”. Você pode ver se o parafuso é do tamanho do que entra na base da câmera. Se for então é de 1/4”, caso contrário, sendo maior, provavelmente é de 3/8”.
Material necessário
- Uma cantoneira em ‘L’ de metal. As vezes chamado de “mão francesa” quando possui uma barra diagonal para ajudar na sustentação. O que precisamos aqui é a cantoneira, que não tem tal barra.
- Uma barra de metal ou outro ‘L’ caso não encontre uma barra. Alumínio é um metal melhor pra isso, pois é mais macio para trabalhar e vai firmar melhor também, dando mais atrito. Uma ideia é buscar isso em lojas de esquadrias de janelas ou cortinas.
- 2 parafusos de 1/4” (um quarto de polegada)
- 2 porcas borboleta de 1/4” (Figura 5)
- 1 porca borboleta de 3/8” para prender a cabeça no tripé (se o parafuso do seu tripé for de 3/8”) como na figura 7.
- 2 pedaços de madeira e dois parafusos (figura 6) para fazer uma guia para o furo no ponto adequado dos metais
Essas medidas de parafuso e porca são padrão. Todas as roscas embaixo das máquinas para prender nos tripés são de 1/4”. Quase todos os parafusos de tripés onde as cabeças deles são presas são de 3/8”, sendo alguns de 1/4”. Veja na figura 7 a haste de um tripé onde se encaixa a cabeça e uma porca de 3/8” ao lado de uma de 1/4” e um parafuso de 1/4”.
Ferramentas necessárias
- Furadeira – figura 8
- Broca de 1/4” – figura 8
- Broca de 3/8” – figura 8
- Serra de metal, como a da figura 9, ao lado da barra que serraremos com ela
- Broca da largura do parafuso escolhido para prender a guia de furo para metal
Nota sobre a robustez do “L”
- Esse suporte fica ótimo para câmeras mais leves, como a T2i, 60D e análogas que pesam em torno de 500g sem a lente. Para câmeras mais pesadas, como a 5D, em que só a câmera já tem quase 1kg, mais lentes pesadas, como a Canon 16-35mm ou 24-70mm, deve se buscar uma cantoneira mais robusta. O problema não é a cantoneira aguentar o peso, é a vibração/oscilação causada pelo peso. A câmera se mexe mais se for mais pesada e temos que esperar alguns segundos para estabilizar entre uma foto e outra.
Fazendo a cabeça
Fazendo a guia para os furos
Na figura 6 podemos ver as duas madeiras que servirão para prender os metais que furaremos de modo a fazer os furos de maneira mais precisa. Quem já furou metal sabe que a broca pode escorregar sobre o metal antes de começar a furá-lo, daí a importância de usar uma guia para que o furo seja feito no lugar desejado.
A guia, como mostrado na figura, consiste em duas madeiras que prenderão os metais no meio. Essas madeiras ficarão presas entre si por dois parafusos de qualquer bitola próprios para madeira. A distância entre os parafusos também não é relevante, basta que os metais que vai usar caibam entre eles com alguma folga.
- Faça inicialmente furos na madeira de cima de modo que os parafusos passem livremente pelos buracos
- Posicione a madeira de cima sobre a de baixo na posição que deseja que elas fiquem ao fixar os metais
- Com uma broca mais fina, usando os furos da madeira de cima, faça os furos na madeira de baixo. Esses furos devem permitir a entrada dos parafusos rosqueando firmemente.
- Faça entre os dois parafusos os furos guia para furar os metais: 1/4” e 3/8”. Os furos podem ser feitos livremente em qualquer lugar. Na hora de fixar o metal é que posicionaremos as barras precisamente sob os furos.
A figura 6 mostra a guia finalizada, com os dois parafusos que prendem as madeiras e os dois furos guia para os metais, além do “L” colocado na guia.
Uma Nikon D3200 e uma lente Fisheye Samyang 8mm serve?
Oi Renato, a pergunta ficou meio dúbia. Quer saber se a câmera serve para o suporte (já que comentou na página do suporte) ou para fazer fotografia 360°? Bem, de qualquer maneira esse suporte vai aguentar essa câmera sim, pois testei com um conjunto de peso bem maior do que o que você mencionou – pode ver nas últimas fotos. Também vai servir pra fazer fotografia 360×180° de forma bem prática e com qualidade.
Se tiver mais dúvidas, pode de repente postar no Panoforum ou no grupo do facebook, onde mais pessoas vão poder dar opiniões e te ajudar.
Abs, Cartola.
Cartola, gostei muito do seu site. Estou pensando em começar, mas não queria de cara já comprar uma máquina melhor. Tenho uma Lumix Fz47, lente leica com 25 mm wide e zoom de 24x. A minha pergunta é: consigo iniciar? Quero fazer mais fotos internas, vou precisar de uma grande angular? A lumix vende um kit com adaptado de uma lente olho de peixe. SerIa interessante comprar?
Oi João,
Pra começar e aprender qualquer máquina e qualquer lente serve, mas sem uma grande angular vai enfrentar mais dificuldades. Cada foto costurada precisa ter pontos de controle criados com sua vizinha e cada costura pode ser fonte de problema, além de um maior volume de fotos implicar em mais trabalho e mais processamento necessário. Vai conseguir aprender os conceitos e pode deixar pra investir mais se continuar se interessando pelo assunto. Sugiro começar fazendo panorâmicas parciais até completar a esfera completa. Não cheguei a ver o ângulo que sua câmera cobre, mas chutaria que vai precisar de umas 30/40 fotos pra fazer a esfera completa.
Esses adaptadores de olho de peixe funcionam, pode facilitar sua vida diminuindo o número de fotos necessárias, mas em compensação sempre pioram bastante a qualidade da imagem. Dependendo do seu propósito pode não gostar do resultado, mas pra ver só testando mesmo ou pode tentar pegar exemplos de fotos feitas com esse adaptador pela Internet pra tentar avaliar.
Abs, Cartola.
Cartola, tudo bem?
Pesquisando por cabeças ‘artesanais’ acabei encontrando seu artigo aqui, muito legal!
Eu tenho um tripé Manfrotto Mkc3, um super pequeno e portátil (e barato), de esfera e faz 360°.
Estou buscando uma solução para ter demarcações em ângulo, pois gostaria de fazer fotos panorâmicas norturnas (céu estrelado) onde não se vê absolutamente nada no visor da câmera, sendo necessário os ângulos na cabeça como demarcação.
Tem alguma idéia de como aprimorar o projeto ?
Obrigado!
JR
Oi JR,
legal ver que tem gente achando minhas ideias legais por ai! Eu já evoluí várias ideias em cima das cabeças panorâmicas, mas esse projeto aqui ficou mais divulgado por que penso que pode servir pra mais pessoas. Pra quem já tem mais ferramental e consegue fazer mais coisas pode ver o vídeo que fiz com o modelo que chamei de 7.1. Ele tem os pontos de parada marcados, como você precisa. Nele eu usei um “posicionador de esfera”, que só achei em SP e comprei pela Internet. Pode tentar fazer com um mais comum, vendido em geral para prender porta de armário.
Bom, o vídeo você pode ver acessando ali no menu do blog o link “Como Fazer“. Nele tem uma seção pras engenhocas, onde tem o link pro vídeo e fotos de alguns outros modelos que podem te dar ideias também, quem sabe.
Antes desse modelo, porém, fiz outro rodador mais independente onde encaixava o ‘L’ da cabeça. Foi um modelo bem diferente, se quiser posso fazer uma página sobre ele. Para marcar os pontos de parada eu usei uma pequena bilha imantada que tinha comprado na China (http://dx.com) com propósito de brincar apenas. Ela é levada pelo giro de uma parte do rodador dentro de um buraco numa parte de alumínio que gira sobre uma chapa de alumínio relativamente fina. Embaixo dessa chapa de alumínio coloquei uma chapa de aço, que atrai a bilha imantada. Na chapa de alumínio fiz os furos de parada.
Alguns problemas desse modelo foram a certa precisão necessária – que alias também é necessária para o modelo 7.1, no qual acho que preciso de até mais precisão – e a falta de pressão, que foi o principal motivo de mudança de projeto. A bilha imantada não dá tanta pressão quanto a mola do posicionador e dependendo do peso do seu conjunto câmera+lente a pressão fraca na parada faz você passar do ponto sem perceber muito.
Abs, Cartola.
Oi Cartola, vi o link lá do 7.1, obrigado é o que eu estou buscando!
Eu tb gosto de fazer umas engenhocas para fotografia, mas tenho um caso a parte. Além da foto, outro hobby é viajar de moto, normalmente grandes viagens onde levo o equipamento fotográfico. Esse ano só pra V. ter idéia, fiz com a esposa na garupa uma viagem por todo cone Sul, subindo todo o Chile até o deserto do atacama em um total de 10 mil km em 34 dias. Nem preciso dizer que em uma moto e duas pessoas, qualquer milímetro de espaço é ouro, ainda mais para uma viagem longa assim.
Por isso, minha câmera de viagem é uma mirrorless (sony Nex-c3) com o tripé que especifiquei no comentário anterior, também muito pequeno. Logo, V. tem alguma idéia de cabeça panorâmica com demarcação, porem extremamente compacta, pra se levar na moto?
Obrigado!
JR
Oi JR,
guerreiro hein? kkk Imagino que com a Nex possa usar barras mais finas pra diminuir o peso, mas as medidas em função do NPP não vão mudar e pra apontar a câmera pra cima vai ter que deixar o L comprido pra cima também.
Ideias pra marcação dependeriam de como você faz ou pretende fazer a cabeça girar. O “rodador” se chama assim por que pra fazer o conjunto parar num ponto específico em geral temos que fazer ele rodar suavemente (ou nem tanto). Se fizer, por exemplo, o L rodar num eixo feito por um simples parafuso, pode usar umas arruelas e prender o parafuso com outro parafuso perpendicular, pra evitar que ele afrouxe. Isso deve ficar menor e mais leve que o uso de rolamentos. Pra marcar as paradas pode usar simplesmente um prego que passe por um furo na base do L e marcar furos pra ele cair na base sobre a qual o L vai girar. Deu pra entender? rs…
Se quiser estender a troca de ideias acho que o melhor é se cadastrar lá no http://www.panoforum.com.br porque lá é melhor, dá pra postar fotos e desenhos e tende a ter mais chance de outros lerem e darem mais ideias também.
Abs, Cartola.
Oi Cartola, precisei ler umas 3 vezes, mas entendi sim..rs
Já adicionei o forum no meu favoritos, vou sim postar muito por lá.
Do caso específico que te perguntei, acho que vou conseguir solucionar com uma cabeça que comprei ontem no dealextreme : http://dx.com/p/sinno-hd-28-aluminum-alloy-28mm-ball-head-w-scale-quick-release-plate-black-227237
Essa tem a escala que preciso e a cabeça original do meu tripé já faz 360, pois tem esfera – dessa forma devo conseguir sim fazer algumas panorâmicas nas viagens, e a construção de uma cabeça mais detalhada vou projetar aqui para as fotos de lugares mais próximos ou onde não vou de moto!
Obrigado pelas dicas, grande abraço!
JR
Então,
ok, seu tripé original já gira 360º, é isso? O problema eram os pontos de parada, mas entendi que o problema era também o escuro, então de que adianta uma escala visual? rs
Bom, sobre cabeça de bola, tenho uma também, ela não costuma ser boa. Ao afrouxar o eixo o embolo fica totalmente frouxo e a câmera dá uma caída. Veja, por exemplo, aos 1:48 desse vídeo. Ao soltar a pressão a câmera cairá se não estiver segurando ela e ela só vai girar na horizontal se soltar tudo. Não é como em cabeças pan-tilt-roll onde tem um prendedor pra cada grau de liberdade.
Suas panorâmicas são da esfera visual completa?
Abs, Cartola.
Então, o tripé que tenho tem uma trava para video ou foto, que limita o movimento da esfera, de qualquer maneira o objetivo é manter o tripé em posição fixa e usar a cabeça qual mandei o link do DX para a rotação – lembrando que isso é uma solução de pequeno porte específica para viagens longas de moto – para outros casos quero sim fazer uma cabeça com hastes como sugeriu!
A escala na cabeça, específica nessa do DX é muito importante sim, pois de dia faço testes com a lente que pretendo usar a noite e já anoto as marcações certas para reposicionar a cabeça, pois tanto pelo visor como lcd a noite não dá para ver nada, e vou precisar me basear 100% na escala -fora o cálculo de movimentação das estrelas (movimento da terra) para conseguir mais perfeição na panorâmica. No meu caso, na maioria das vezes, pretendo fazer panorâmicas de poucas fotos e não 360.
Novamente muito obrigado!
JR
Opa, então vou fazer uns testes em 18mm. Quanto ao rodador, meu tripé é um Manfrotto 055XPROB com uma cabeça Manfrotto 498RC2, que possui a função PAN e ainda tem as marcações em graus na base, para a panorâmica é realmente uma mão na roda. Vou abrir então um tópico lá no panoforum para postar as fotos e testes.
Abraços.
Hmm, legal, mas marcação visual não é a mesma coisa que “cliques” marcando as paradas. Por exemplo, com a 50mm se quiser sobrepor 20% em cada rodada isso dá 17 fotos na horizontal. Fica chato ficar olhando a marcação e fazendo conta pra saber onde parar. Com um rodador é só rodar e esperar o próximo “clique”.
Você colocou a cabeça panorâmica em cima da cabeça de bola? Isso pode facilmente tirar a câmera do eixo de rotação. O ideal é tirar a cabeça (fuida, bola, …) e botar a cabeça panorâmica direto na haste do tripé.
Abs, Cartola!
Opa Cartola, não sabia desse rodador, achei que era apenas um dispositivo que permitia girar a cabeça. Mas você falou em cliques, como é isso, padroniza para cada lente é?
Quanto ao fato de colocar o suporte em cima do ball head e ele desnivelar pode acontecer sim, porém tem a forma de nivelamento pela câmera fora do tripé, isso é feito apenas uma vez, depois marcamos a cabeça em 3 pontos, que serão as referencias para o alinhamento posterior.
Abraços.
Parabéns pelo site, incrível como você conseguiu simplificar a construção do suporte. Depois que me deparei com o preço dos Nodal Ninja, comecei a procurar por uma solução “DIY”, e o seu projeto realmente foi um dos melhores que já vi. Contruí o meu esse final de semana, usei barras de alumínio de 3/4 x 3/16 e um perfil em L da mesma medida como suporte para montar a cantoneira inferior, e na haste que prende na câmera fiz vários furos, um para cada distância focal que pretendo usar (24, 35 e 50mm), e caso compre alguma lente mais “wide” no futuro, basta fazer outro furo para ela. O resultado final, para falar a verdade, ficou bem profissional. Gostaria de te enviar as fotos do projeto finalizado como crédito ao seu site.
Obrigado e forte abraço.
Oi Gustavo!
Legal saber que foi útil pra alguém! Pode me mandar as fotos, vou gostar de ver como ficou e se me permitir publico aqui mesmo como exemplo de alguém que já fez também.
Não sei que lente vai usar nos 24mm, mas se for uma 24-70mm da canon me passe a medida, pois não tem a medida dela na base de dados do wiki do panotools.
Já deu uma passada no Panofórum também? É um local onde pode narrar sua experiência e deixar registrado na internet para que possa difundir mais a coisa.
Abraços, Cartola!
Opa Cartola, a lente que estou usando no momento é a do kit mesmo, a 18-55, é a mais wide que tenho, e como em 18mm distorce muito, preferi usar em 24 mesmo. Porém observei que a qualidade poderia melhorar muito, então resolvi usar a 50mm 1.8 (tem a mesma distância L2 da 18-55 em 24mm), deu um pouco mais de trabalho, pois foram muitas fotos já que fiz o teste em minha sala, mas o resultado ficou infinitamente melhor. Uma dúvida que me surgiu foi com relação ao foco, em alguns sites vi que se deve deixar o foco em um ponto único e não mexer mais, em outros vi que se devia focar a cada foto. Nos testes que fiz, foquei a cada foto e não tive muitos problemas, talvez a primeira opção seja para objetos muito distantes. Quanto às fotos do suporte, vou tirar e te envio pelo e-mail.
Forte abraço.
Distorções da lente não são problema. Os softwares de junção tratarão as distorções. Pra melhorar a questão do foco o ideal é fechar a abertura. Costumo usar F11, F16, por aí.
Já fiz uns testes com uma 50mm f1.4. Dá muita foto! Já dá pra chegar nos gigapixels (1.1 numa cam com 18mp)! Umas 82 fotos no mínimo. Com essa lente já ajuda muito ter um rodador. Cheguei a fazer um no segundo modelo de cabeça que fiz e tenho ideias para um simplificado! O rodador marca os passos do giro, o que pode parecer meio inútil, mas é igual a ar condicionado no carro: depois que você experimenta não quer mais largar.
Se estiver na pilha trocamos umas figurinhas sobre a marcação dos passos do giro, mas preferia fazer isso no fórum.
Minha sugestão: faz com a 18mm, f16 e AEB (auto exposure bracketing).
Grande abraço!