Ah, o mar do Caribe! Azulzinho, azulzinho, uma beleza só. Claro que essa imagem não faz jus ao local, só vendo ao vivo mesmo, mas considerando a possibilidade que uma imagem tem de passar o clima do local, acho que uma panorâmica imersiva é a melhor opção, não? E por que o mar do Caribe é azul e no Brasil em geral é verde? Bem, aproveitei pra dar uma pesquisada no assunto. Pelo que entendi o mar em geral deveria ser azul, mas em locais ricos em algas e micro organismos que refletem também a luz amarela fica tudo verde. Vejam uma explicação aqui no artigo da revista Mundo Estranho.
Ficha técnica:
Essa foto foi bem tranquila para montar, os encaixes tiveram bem pouca necessidade de reajuste de pós-edição. Apenas uma guaribada em poucos ladrilhos mais na visão pra baixo. A montagem das várias fotos minhas para compor a brincadeira já está manjada a essa altura, mas também a cena ia ficar muito pobre sem isso 🙂
- Câmera: Canon 550D (RebelT2i)
- Lente: Sigma 10-20mm em 10mm
- Tripé: Dolica proline com cabeça panorâmica feita por mim – versão 2
- Giro: 8 paradas girando 45 graus na horizontal com a câmera a uns 30º para baixo + 5 fotos extras para a montagem da repetição do sujeito metido que quis aparecer seis vezes + 8 paradas girando 45 graus na horizontal com a câmera a uns 30º para cima + uma foto nadir
- Fotos: fiz 1 JPG com 18megapixels em cada tomada, totalizando 22 fotos usadas na montagem
- Exif: ISO 100, 1/160s, f9, AWB
- Imagem final: 15.154×7.577 pixels = uns 110 megapixels
- Softwares utilizados: Hugin, Enblend, GIMP, Panotools Scripts, Panini, ImageMagick, krpano tools
- Plugin: krpano viewer
Abraços, Cartola.
Olá Cartola vim mais uma vez te parabenizar por esse belíssimo trabalho e pela palestra que você ministrou na Jotec no colégio Graham Bell (Tijuca), e gostaria e se você ainda possuí as fotos que tiramos em sala para na palestra sobre Guimp, meu email é **email editado**, desde já agradeço pela oportunidade de compartilhar seu conhecimento conosco.
Sarah Oliveira.
Oi Sarah, obrigado pelos parabéns e já vou te mandar o link para as fotos para seu email. Demorei um pouco pra responder por que ainda não tinha disponibilizado as fotos.
Um abraço, Cartola!
Viva brother!!! Uma dúvida … vc acha que vale a pena comprar uma cabeça robótica automática tipo Gigapan ou Panogear ou é melhor fazer “na unha”? Outra pergunta … com uma 12-24 para a D700 (full frame) funciona tão bem como com a 10-20 na Canon 550D (fator 1,6)? Abração
Fale meu nobre!
Acho que uma cabeça robótica é uma mão na roda, embora não tenha uma. Digo isso por que realmente você as vezes até perde uma tomada por distração. Ontem fotografei na Fiocruz com a 10mm com o mastro e tinham tantos detalhes que acabei deixando de fazer uma das tomadas. Felizmente acho que será factível recompor o pedaço faltante.
Outra opção é fazer sua cabeça robótica, como pretendo fazer, mas se tem condição de comprar uma recomendo. Tem uns fabricantes na europa que fazem também. Veja no http://wiki.panotools.org/Heads alguns fabricantes de cabeças. Acho que tem uma lista no site http://ivrpa.org/
A 10mm com corte de 1.6 equivale a uma 16mm numa fullframe, pelo que sei. Mas o “funcionar tão bem” é relativo, depende do seu objetivo. Se for praticidade, ok, vai precisar de tantas fotos quanto ou menos. Se for resolução, quanto mais fotos melhor e pra isso tem que ter maior distância focal. Depois que eu tiver uma cabeça motorizada devo brincar com maiores resoluções fazendo com 20mm ou mais num sensor com fator corte de 1.6.
Já fez alguma experiência ou ainda estão estudando o assunto por aí? Estou pra fazer vídeo-tutoriais. Um dia sai. Tenho escrito um material mais completo também, mas ainda está incipiente.
Grande abraço, Cartola!
Grande Cartola … vc é demais, meu!!! 🙂 Tem ai uma grande alma fotográfica que curte partilhar essa sabedoria adquirida com muito trabalho e suór. Obrigado, meu camarada! Eu pretendo, como vc sabe, desenvolver a técnica e vc é o meu exemplo a seguir!!! Fiquei com a impressão de que em situações de movimento de pessoas, a velocidade da cabeça robótica fosse meio lenta e isso pudesse dificultar a junção das imagens … ou isso não acontece? Abração
Bom, como eu disse, nunca usei uma cabeça rotobizada, mas a impressão que tenho é que ela vai ter menos problema com movimento do que tenho girando na mão. Já vi uns vídeos de cabeças panorâmicas e não achei lenta. O fato é que, com pessoas em movimento, você vai ter problemas, não importa o quão rápido você seja, e vai ter que aprender a tratar isso.
Só não teria esse problema com soluções que usam espelho (que perdem muita resolução – não recomendo, já usei um) ou multi-câmera (e.g. google street-view), onde você vai ter que tratar problemas de parallax, pois não há como as câmeras compartilharem o ponto nodal. O pessoal do http://airpano.net fez uma solução com 5 canon 5D Mark II para fazer vídeo 360, vale uma olhada.
Abração!