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Fotografia e Vídeo > GIMP - Editor de Imagens
Este material está em constante evolução. Caso não encontre o que procura aqui ou tenha outras dúvidas ou críticas entre em contato pelo email
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Confira também o vídeo da palestra de Rawtherapee e GIMP

Pré-requisitos

Sugiro que pra seguir esse tutorial você tenha os seguintes pré-requisitos:

Introdução

O GIMP, sigla de GNU Image Manipulation Program, é tido como a alternativa gratuita ao Photoshop, possivelmente o mais conhecido editor de imagens comercial. Com ele é possível fazer muitos tipos de manipulação e criação de imagens. Vou colocar aqui alguns exemplos de uso. Essa página possivelmente estará em constante evolução.

O GIMP é um programa multi-plataforma, ou seja, pode ser usado em computadores com os mais diversos sistemas operacionais, como Windows, Linux, FreeBSD, Mac OS X e outros. O site oficial é o www.gimp.org. Especificamente para o Windows eu costumo recomendar a versão portátil (Portable) do GIMP.

A aparência do GIMP é um pouco diferente de outros programas pelo fato dele utilizar janelas separadas. Ao abri-lo ele trará uma janela principal, como na <xr nolink id=“fig:gimpJanPri”/>, e, na maioria dos casos, mais uma ou duas janelas mostradas na <xr nolink id=“fig:gimpJanFer”/> e <xr nolink id=“fig:gimpJanCam”/>.

<figure id=“fig:gimpJanPri”>

gimp-janela_principal.jpg </figure>

As demais janelas que se abrirão dependem tanto da versão do GIMP que você instalou como das últimas janelas que você usou, no caso de não ser a primeira vez que você usa. Abaixo duas janelas importantes:

<figure id=“fig:gimpJanFer”>gimp-janela_ferramentas.jpg</figure> <figure id=“fig:gimpJanCam”>gimp-janela_camadas.jpg</figure>

Veja que na janela da <xr nolink id=“fig:gimpJanCam”/> há na verdade 4 janelas agregadas e elas ficam separadas em abas.

A tecla TAB é muito útil para mostrar e esconder essas janelas extras. Com a janela principal ativa, se você usa a tecla TAB as janelas auxiliares aparecem e somem alternadamente a cada apertada. Experimente.

Esconder as janelas auxiliares é bom para nos dar mais espaço para trabalhar. Se você começar a memorizar as teclas de atalho que chamam as ferramentas e executam as ações pode cada vez mais dispensar essas janelas. A partir do GIMP 2.8 é possível ainda alternar entre os modos de trabalho de janelas separadas ou unificar as janelas numa única, como muitos talvez prefiram.

Idioma

Verifique no menu Editar / Preferências se o idioma do seu GIMP está corretamente definido. Algumas vezes quando configurado para usar o idioma do sistema o GIMP acaba por usar Português de Portugal. Verifique se o primeiro menu do GIMP é “Arquivo” ou “Ficheiro” e se estiver “Ficheiro” selecione explicitamente PT_BR no idioma.

Esse passo é relevante também para seguir os tutoriais aqui, que se baseiam na tradução para PT_BR e não PT. Ainda assim é possível que a tradução de alguns itens apareça diferente, pois a tradução pode mudar de uma versão para outra da ferramenta. É a evolução!

Modos de imagem

É importante conhecer os modos de imagem que existem, pois isso pode influenciar no seu trabalho. Esses modos estão diretamente relacionados aos formatos arquivos digitais e em como a informação é armazenada neles. Existem três modos no GIMP:

O modo RGB é o mais flexível. Com ele você poderá executar todas as operações satisfatoriamente na imagem, pois ele tem capacidade de lidar com inúmeras cores para cada pixel. Arquivos JPG usam esse formato.

O modo Indexado permite trabalhar com cores, mas ele usa um número de cores reduzido. Esse nome vem da tabela de cores que o arquivo usa. Ele não trabalha com tantas cores quanto o RGB. O arquivo armazena uma tabela de até 256 cores e cada ponto da imagem usa uma dessas cores. Arquivos do tipo GIF usam esse formato.

Tons de cinza são bons para trabalhar exclusivamente no preto e branco, já que nesse formato não conseguiremos colocar cores na imagem. A vantagem é que o arquivo ficará menor no computador, pois não é necessário ter a possibilidade de guardar milhões de cores para cada ponto da imagem. Se for trabalhar só com preto e branco numa imagem pode ser adequado, portanto, escolher esse modo.

A qualquer momento é possível alterar o modo da imagem aberta no GIMP, basta ir no menu “Imagem / Modo” e escolher outro tipo. Ali você pode também verificar que tipo está em uso e talvez descobrir por que certo efeito não está funcionando como esperado.

Pixel

Já que comecei a falar dos pontos da imagem, podemos introduzir o termo pixel, que nada mais é do que um ponto. Uma imagem digital é composta por pontos quadrados colocados lado a lado. Cada um desses pontos é um pixel. Uma imagem com 1600 pixels por 1200 pixels, por exemplo, tem ao todo 1.600 x 1.200 = 1.920.000 pixels. Uma câmera que faz imagens desse tamanho é dita uma câmera de 2 megapixels, já que suas imagens tem aproximadamente 2 milhões de pixels. Agora você já sabe que uma câmera de 10 megapixels produz imagens com aproximadamente 10 milhões de pontos.

A noção de que quanto mais megapixels melhor tem alguma razão de ser, mas depende de sua necessidade. Uma revelação, por exemplo, não possui mais do que 300 pontos por polegada. Não adianta muito a imagem ter mais do que isso. Pra uma foto 10×15, por exemplo, 2 megapixels são suficientes. Vamos precisar de mais pixels a medida que queiramos revelações maiores. Lembre-se que com mais megapixels você pode também ter a possibilidade de cortar um pedaço da foto e ainda ter qualidade para sua impressão ou revelação.

Na <xr nolink id=“fig:pixels”/> uma visão muito aproximada de uma foto, com um zoom de 2.300%, mostrando claramente os pixels quadrados.

<figure id=“fig:pixels”>

gimp-pixels.jpg </figure>

Glossário de teclas de atalho

Vou reunir aqui aos poucos os atalhos de teclado que mais uso e que podem ser úteis para agilizar o trabalho com o GIMP.

TAB
quando usado na janela principal do GIMP faz as janelas de diálogo adicionais sumirem ou aparecerem Ctrl + roda do mouse
quando usado na imagem aberta na janela principal aproxima ou afasta a imagem Ctrl + Shift + roda do mouse
vai alternando entre os pinceis ativos nas ferramentas que usam pincéis Botão do meio do mouse
clique e arraste para mover a imagem Ctrl + c\\copia a seleção Ctrl + v\\cola na imagem o que foi copiado antes Ctrl + s\\salva a imagem

Além desses atalhos você pode observar atalhos posicionando o mouse sobre cada ferramenta na janela de ferramentas do GIMP. Nos menus da ferramenta, ao lado de cada opção que possui um atalho é possível também aprendê-los.

Atalhos dinâmicos

O GIMP possui uma funcionalidade sensacional que nunca vi em outra ferramenta: atalhos dinâmicos. Mas que diabos é isso? A qualquer momento, com o mouse sobre uma opção de menu, você pode simplesmente apertar uma tecla ou combinação de teclas no teclado e associar isso àquela opção de menu.

Em versões mais recentes do GIMP isso não vem ativado por padrão, sendo necessário habilitar. É que isso pode também causar a perda de um atalho conhecido, fazendo uma confusão danada. No momento que você atribui um atalho para uma função este atalho, se era associado a outra coisa, deixa de ser, passando a executar a nova ação. Em outras palavras: tenha cuidado e tente atribuir coisas que você sabe que não são usadas ou que você não usa.

Uma dica para não usar um atalho já usado: teste o que pretende usar como atalho antes de atribuir. Ao testar, cuidado, pois alguns atalhos podem só funcionar em algumas situações. Procure executá-los com uma imagem aberta e uma seleção feita. Mesmo assim você pode não conseguir testar de fato, por exemplo, o atalho Ctrl+F repete o último filtro usado. Se você não usou nenhum ele não fará nada.

Para ativar os atalhos dinâmicos:

gimp-pref_atalhos_din-2_6.jpg

Ativados os atalhos dinâmicos você pode começar a atribuir seus próprios atalhos.

Notas da Versão 2.8

Janelas
a partir da versão 2.8 o GIMP trouxe uma funcionalidade há muito desejada por alguns usuários. Ele permite a disposição tanto em janelas separadas, que foi o comportamento padrão do GIMP até então, quanto em uma única janela. Para alternar entre esses dois modos de visualização use o menu “Janelas / Modo de janela única”.

Salvando arquivos
Na versão 2.8 o gimp alterou a maneira de salvar arquivos. Agora salvar significa salvar no formato nativo do GIMP, ou seja, em xcf. Nesse formato todas as informações de manipulação da imagem, como seleções, vetores, layers, etc, serão salvos e poderão continuar a ser usados num uso posterior da ferramenta. Para salvar em outros formatos, como JPG, TIF, PNG, etc, é necessário agora “Exportar” o arquivo, o que pode ser feito com a tecla de atalho Ctrl + e. É possível ainda “Exportar como” para salvar em outro arquivo de imagem. Isso pode ser feito com o atalho Ctrl + Shift + e.

Nova ferramenta - transformação com gaiola
essa ferramenta é um dos destaques dessa versão. Permite selecionar uma área e distorcê-la a partir dos vértices da seleção. Não é necessário selecionar previamente, a seleção a ser distorcida deve ser feita pela própria ferramenta. O atalho para acessá-la é o Shift+g.

Remoção de olhos vermelhos

Já mostrei a remoção de olhos vermelhos com o XnView, que é um programa mais simples. Aqui no GIMP este efeito fica no conjunto de filtros oferecidos pela ferramenta.

gimp-selecao_eliptica.jpg

gimp-selecao_eliptica_cantos.jpg

gimp-selecao_eliptica2.jpg

gimp-olhos_vermelhos_selecionados.jpg

gimp-olhos_vermelhos_janela_filtro.jpg

gimp-olhos_vermelhos_ok_zoom.jpg

gimp-olhos_vermelhos_ok.jpg

Notas:

gimp-olhos_vermelhos_sel_retangular.jpg

Cortando uma imagem

Parte da arte de fotografar está no enquadramento. Muitas vezes ao clicar a foto não ficou enquadrada exatamente como queríamos. Podemos então experimentar novos enquadramentos a partir do corte da imagem. Esse é apenas um dos exemplos comuns para o que podemos cortar uma imagem.

Uma das maneiras mais práticas de cortar uma imagem no GIMP é usando a seleção retangular.

Se ao cortar efetivamente não estiver satisfeito com o resultado basta desfazer a ação:

Pode então desfazer a seleção:

E depois repetir o processo para uma nova seleção e um novo corte.

Redimensionando uma imagem

Muitas vezes precisamos mudar o tamanho de uma imagem. A necessidade mais comum é a de diminuir seu tamanho. Um exemplo de situação em que isso é necessário é o caso do upload de imagens para sites com limite de tamanho de arquivo. Felizmente é muito simples fazer isso:

Cores

Brilho e contraste com curvas de nível

No menu “Cores” é possível acessar várias funções referentes ao ajuste de cores, inclusive a função “Brilho e Contraste”, como podemos ver na figura abaixo. Essa, porém, não é a melhor opção para o ajuste da luminosidade de sua imagem. Eu prefiro em geral usar as “Curvas…”, disponíveis no mesmo menu.

gimp-menu_cores.jpg

Ao selecionarmos a opção “Curvas…” o programa abre outra janela para que façamos os ajustes desejados.

gimp-curvas.jpg

Ao abrir a janela de curvas mostra uma linha diagonal reta. Nela devemos clicar e arrastar e a medida que arrastamos este ponto podemos ver as alterações nas imagens. As dicas para arrastar esse ponto são as seguintes:

gimp-curvas-dicas.jpg

Pra dar um exemplo, a curva mostrada na figura abaixo vai clarear um pouco a imagem, mantendo um bom contraste, ou seja, sem esbranquiçar muito.

gimp-curvas-clareando_com_contraste.jpg

Caso você não tenha ficado satisfeito com o ajuste atual, pode clicar em “Restaurar” a a curva voltará a ser a reta inicial, permitindo que seja feito um novo ajuste.

Se desistir de fato é só fechar a janela.

Para fazer valer o ajuste é preciso clicar no botão “OK”.

A seguir podemos ver um exemplo prático de uma imagem clareada com curvas:

gimp-escura-clareada_curvas-as_curvas.jpg

Pra finalizar ofereço um arquivo de uma imagem fotografada propositadamente muito escura e proponho o exercício de tentar clarear essa foto, recuperando-a. Abaixo está o arquivo:

Imagem escura para download

Ajuste de cores / Balanço de branco

O Balanço de Branco é um conceito importante na fotografia e muitas máquinas fotográficas permitem o ajuste dessa característica nas fotos. O correto ajuste do balanço de branco tem como objetivo, simplificando o assunto, fazer com que as cores fiquem como você quer. É mexendo nele que você pode, por exemplo, deixar uma imagem mais azulada, mais amarelada ou com as cores mais reais. Além e poder ajustar isso na máquina, o que não é nosso objetivo aqui, você pode ainda manipular as cores editando uma imagem. Existem várias maneiras de fazer isso e vamos ver algumas aqui.

Ajuste automático

No menu “Cores / Automático / Equilíbrio de branco” chamamos a função do GIMP que tenta ajustar automaticamente as cores da imagem. Existem várias opções neste menu, mostradas na figura abaixo, mas não costumo usar todas.

gimp-cores_menu_auto.jpg

Essas opções as vezes funciona bem e outras não, vai depender da imagem e do que você espera. É uma questão de tentar e, se não ficar como você quer, voltar atrás. O que mais uso em geral é o “Equilíbrio de branco”. Seguem alguns exemplos:

O “Equilíbrio de branco” automático costuma funcionar muito bem em imagens escuras que contenham alguma parte branca. Em geral quando não há partes brancas na foto o efeito costuma distorcer as cores e o resultado não é bom. Abaixo um exemplo já mostrado antes, onde clareei a foto com curvas e agora mostro também o ajuste automático de “Equilíbrio de branco” para uma comparação:

Equilíbrio de cores

Quando queremos mudar as cores ou tons da foto, seja por que não correspondem à realidade que vimos, seja por que estão estranhas, seja por que queremos fazer um efeito artístico, podemos utilizar então o “Equilíbrio de Cores”. No menu “Cores / Equilíbrio de cores” abrimos a janela da figura abaixo:

gimp-janela_eq_cores.jpg

Os ajustes mesmo são muito feitos no sentimento. Você dá uma olhada pra imagem e pensa se quer ela “mais” de uma determinada cor ou “menos” de uma determinada cor. Claro que temos que pensar nas cores que são apresentadas ali na janela de ajustes. Não adianta pensar em rosa, pois não tem essa cor ali. Para deixar a imagem mais ou menos rosa teríamos que mexer no vermelho e no brilho, talvez.

Se quisermos, por exemplo, deixar uma imagem mais azulada, tirando o amarelado, podemos mexer tanto levando o primeiro botão para a direção do “ciano” quanto levando o terceiro botão para a direção do “azul”.

Depois que fizer um ajuste, torne a refletir, pois pode ser que precise fazer novos ajustes pra chegar onde queria. Isso alias provavelmente vai acontecer. Na figura abaixo, por exemplo, tentei azular a imagem. Acabei mexendo também no botão do meio, tirando um pouco do verde. Em seguida a janela com o ajuste feito, -40, -20, 10 nos três respectivos botões.

gimp-janela_eq_cores-ex_azular.jpg

Saturação

Mexer na saturação de uma foto significa, simplificadamente, deixar suas cores mais fortes ou mais fracas. Se reduzirmos totalmente a saturação a foto fica preto e branca. O ajuste de saturação no GIMP é feito pelo menu “Cores / Matiz-saturação”. Abaixo a janela que se abre ao clicarmos neste menu:

gimp-janela_saturacao_matiz.jpg

Os ajustes são feitos nos botões deslizantes mais abaixo na janela. O mais usável, pelo menos nos meus casos de uso, é a saturação mesmo. Em geral não mexo em cores primárias separadamente, mexo em todas. Em geral também não uso o Matiz, que pode até ser interessante para algum efeito artístico. Minha sugestão é que se deslize a saturação aumentando ou diminuindo a intensidade das cores, de acordo com seu objetivo, e veja se é necessário ajustar um pouquinho a luminosidade. Ao final basta um “OK”. Pra voltar à situação inicial use o botão “Restaurar”.

Abaixo um exemplo de realce das cores e de suavização:

Preto e Branco

Como comentei antes, podemos usar a janela de saturação para deixar uma imagem preto e branca, porém esse não é o único meio e talvez não seja o melhor. Ainda no menu de “Cores” temos a opção “Dessaturar…” que nos dá três formas diferentes de tirar a cor da imagem:

gimp-janela_dessaturar.jpg

Não é muito viável entender as diferenças dos três métodos, basicamente eles usam fórmulas diferentes para calcular os tons de cinza finais. Mais interessante é experimentar e escolher, até por que o resultado de um método vai ficar melhor de acordo com a foto original e muitas vezes não vai fazer tanta diferença. Abaixo um exemplo dos métodos aplicados a uma foto. A diferença é tão sutil que achei melhor sobrepor as imagens para mostrar melhor.

Existe ainda outra forma de transformar a imagem em preto e branco, que é mudando o modo da imagem. No menu “Imagem / Modo / Tons de cinza” transformamos a imagem imediatamente em preto e branco. A grande diferença é que isso muda o formato do arquivo e não nos permite mais colocar cores na imagem. A vantagem é que o arquivo assim fica menor quando o salvamos, pois guarda menos informação por pixel.

Maquiagem digital

Um tipo de uso que costuma impressionar e interessar muitas pessoas é a melhoria de rostos com essa ferramenta. Comumente chamado de maquiagem digital, isso envolve o uso de várias ferramentas em conjunto. As mais usuais seriam:

Tirando rugas com a ferramenta **clone**

Vamos então começar a trabalhar com um exemplo. Primeiro vamos mostrar a ferramenta clone para tirar algumas rugas ou marcas da pele. Vejam a imagem original e ao lado a imagem mexida exclusivamente com a ferramenta clone.

rosto_velho-ori.jpg rosto_velho-clone.jpg

gimp-ferramenta_clone.jpg

gimp-selecao_pincel_enevoado.jpg

gimp-escala_pincel.jpg

gimp-pincel_muito_grande.jpg

gimp-pincel_adequado.jpg

rosto_velho-detalhe_clone.jpg

Notas:

Tirando sardas ou espinhas com a **restauração**

Para a ferramenta de restauração eu prefiro em geral usar pincéis de borda rígida. Se você tiver oportunidade de testar poderá ver que essa ferramenta também se adéqua à remoção de rugas. Pessoalmente a acho mais adequada a todos esses acertos de imperfeições na pele do que a clone.

Acho um pouco difícil explicar o que essa ferramenta faz. Ela meio que copia a textura de um ponto de origem pré-selecionado. Como no caso da clone, pode se usar clicando e arrastando. No caso de pequenos pontos no destino, como uma sarda, uma espinha ou uma ruga, esses praticamente desaparecerão.

Abaixo um exemplo de imagem trabalhada exclusivamente com a ferramenta de restauração.

rosto_sardas-ori.jpg

rosto_sardas-healing.jpg

Notas:

Mudando formas com Seleções

O GIMP oferece vários meios de selecionar parte da imagem, dentre eles:

Não vamos falar neste momento sobre esses vários tipos, é interessante saber que eles podem facilitar muito selecionar a parte da imagem que você deseja e cada um se adéqua melhor a situações distintas.

A redução de rugas poderia se valer de uma seleção também, mas não mostraremos isso aqui. Na linha de mostrar o funcionamento com exemplos, vamos tentar reduzir o nariz de uma pessoa numa foto. Para isso as ferramentas já vistas não seriam boas.

rosto_velho-nariz_selecionado.jpg

rosto_velho-nariz_enevoar.jpg

O resultado pode ser visto na imagem abaixo, que está alternando o rosto original e o com o nariz reduzido a cada 3 segundos.

Notas:

Mudando formas com filtro de deformação interativa

Esse filtro está mais para uma ferramenta. Ele permite que você deforme a imagem interativamente, seja ela toda ou apenas uma seleção. Eu prefiro em geral selecionar antes de usá-lo, evitando distorções em partes indesejadas.

Um dos usos mais interessantes é na mudança no rosto ou no corpo das pessoas, embora em use com certa frequência também para acertar distorções na montagem de algumas panorâmicas. Pra não ter que mostrar aqui uma foto de alguém gordinho ficando magro ou com o nariz torto sendo desentortado, preferi transformar um menino comum num fortão.

Vou ilustrar aqui como fiz parte do trabalho nessa foto.

gimp-iwarp_selecao1.jpg

gimp-iwarp_janela.jpg

gimp-iwarp_distorcao.jpg

gimp-iwarp_selecao2.jpg

A seguir foram feitas sequencialmente seleções e distorções em várias partes do menino até o resultado mostrado no início. Experimente tirar uma barriguinha, afinar um rosto ou brincar com outras fotos para se ambientar com o efeito.

Criando um monstro de quatro braços

Essa brincadeira permite passar por alguns outros conceitos importantes no tratamento e manipulação de imagens, como seleções diversas e camadas. Aqui as imagens que podem ser baixadas para praticar:

Imagem 1 - com braços abaixados

Imagem 2- com braços levantados

A proposta é pegar duas fotos quase idênticas de uma pessoa, apenas com braços em posições diferentes, e criar uma pessoa, um monstro, com quatro braços.

Criação de textos para botões, menus e títulos

O GIMP pode ser usado para a criação de textos gráficos bem bacanas. Isso pode ser feito manualmente, usando todos os recursos que ele dispõe, como filtros e efeitos diversos, mas uma boa forma de começar a fazer isso é usando a criação automática.

Criando Logos Automaticamente

Pra fazer esses logos pré-definidos temos que usar o menu Arquivo / Criar / Logos. Nesse menu podemos ver vários nomes, cada um correspondente a um tipo de texto estilizado, como podemos ver na figura abaixo.

É possível encontrar pela internet as imagens que cada um desses logos vai criar. Além desses textos como criados pelo processo automático, podemos variar um pouco, pois o GIMP nos entrega, em muitos deles, as camadas separadas com cada parte da imagem. Podemos então criar variações simples apenas removendo alguma camada ou fazendo coisas simples. Vamos ver um exemplo disso:

Nota
considere a tradução em PT_BR na versão 2.8 do GIMP

criando_logo_janela.jpg

Criando Botões Automaticamente

Assim como logos, podemos criar alguns botões padrão automaticamente. Isso é feito no menu Arquivos / Criar / Botões.

Referências Externas

Selecionando cabelo: