Não havia como escapar disso… As aulas do prof. Lencastre acabaram por se tornar um prato cheio para nossa turma!
1) Apostas da galera via de regra eram cumpridas por mim ou pelo Cartola na chamada. Era comum, em vez do tradicional:
“-Presente!”, respondermos: “-Lencastre Camarão, veeeeeeeenha!”;
2) Colocávamos ao lado da mesa do prof. Lencastre um pedaço de pano, jornais ou um chapéu. Quando ele contava suas tradicionais piadinhas, o Cartola simulava um acesso de risos e exclamava: “- Muito bom ! Muuuuuito bom!”. Atirávamos então diversas moedinhas em direção ao pano/jornal ou chapéu;
3) Certa vez ouvimos do corredor uma das famosas piadinhas do prof. Lencastre ser contada no interior da sala de aula de uma das turmas do segundo ano. Não resistimos: invadimos a aula e simulamos o tradicional ataque de risos, parabenizamos o professor, e nos retiramos repetindo a frase de sempre do Cartola: “- Muito bom! Muuuuuuuito bom !”.
4) Escrevíamos em páginas inteiras do caderno as palavras: “risos”, “aplausos” e “delírio”. Durante as piadinhas do professor levantávamos os cadernos tal qual fossem placas, e o restante da galera atendia aos pedidos com grande dedicação.
Para quem já perdeu de vez a memória, segue um exemplo de piadinha clássica do Prof. Lencastre:
Prof: “- (…) até colidir com outro leão morto.”;
Aluno: “Leão morto?” ;
Prof: “Sim, uma ex-fera, hahaha !” (esfera, captou, Mirony?)