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estorias_de_decio [2019/10/21 08:21] – [Introdução] cartolaestorias_de_decio [2019/10/21 08:46] (atual) – [PRIMEIRA ESTORIA] cartola
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-====== PRIMEIRA ESTORIA ======+====== PRIMEIRA ESTÓRIA ======
  
 +O nome da cidade era Fundão, pequena cidade a uns 60km. de Vitória capital do Estado do Espirito Santo, por volta dos anos 1930. A pequena cidade tinha prefeitura, estação de trens da Ferrovia Vitoria-Minas, igreja católica, cujo padroeiro era São José, também igreja dos pentescostes, dos batistas, tinha candomblé, parece que também tinha casas de tolerância que, se não me engano chamava-se Maria das Anjas. Campo de futebol, grupo escolar, cujo diretor era o professor Lé (Antônio Lé). Café era o produto maior da área, e o maior produtor de cafe pilado da cidade era o Popó, batizado Hipólito Agostini.Além de produzir ele também comprava a produção dos outros para pilar nas suas máquinas. Ele com o irmão José Agostini tinham a firma Ângelo Agostini & Cia. Um outro irmão deles César, era o médico excelente Dr. César Agostini, boa pinta, falante que chegou a eleger-se prefeito da cidade. Antes dele o prefeito era o "seu" Getúlio Miranda, um vizinho nosso. Naqueles anos 30 já estava instalada no país a "era Vargas" sob o comando do gaúcho Getúlio Vargas que assumiu o governo da República exatamente em 1930, e passou a comandar o país de norte a sul com uma força incrível. Posteriormente, em 1937 deu um golpe de estado e implantou finalmente uma ditadura forte. Mesmo numa cidade pequena como aquela, Getúlio era o nome mais falado em todas as esquinas, bares, bilhares. Só se falava em Getúlio, e sempre mencionando algum feito do Getúlio. Naturalmente ninguém tinha nem vontade de falar mal do Getúlio. Nos meus 4 pra 5 anos de idade o Getúlio falado era o nosso vizinho, que eu achava que era o máximo. O meu mundo era Fundão e o cara mais falado dali era o Getúlio,que não era o "seu" Getúlio nosso vizinho e sim o Chefe da Nação como era anunciado antes dos discursos que naquela época (4 anos). Eu felizmente não escutava nem sabia que existia, graças a Deus. 
  
-O nome da cidade era Fundão , pequena cidade a uns 60 kmsde Vitoria capital do Estado do Espirito Santo, por volta dos anos 1930. A pequena cidade tinha Prefeitura, Estação de trens da Ferrovia Vitoria-Minas , Igreja Católica cujo padroeiro era São José, tambem Igreja dos Pentescostes, dos Batistas, tinha candomble , parece que tambem tinha casas de tolerancia que, se não me engano chamava-se Maria das Anjas. Campo de Futebol, Grupo Escolar cujo diretor era o Professor Lé (Antonio Lé). Café era produto maior da área, e o maior produtor de cafe pilado da cidade era o Popó , batizado Hipolito Agostini.Além de produzir ele tambemcomprava a produção dos outros para pilar nas suas máquinas. Ele com o irmão José Agostini tinham a firma Angelo Agostini & Cia. Um outro irmão deles Cesar, era o médico excelente Dr. Cesar Agostiniboa pintafalante que chegou a eleger-se Prefeito da Cidade. Antes dele o Prefeito era o "seu" Getulio Miranda , um vizinho nosso. Naqueles anaos 30 já estava instalada no país a "era Vargas" sob o comando do gaucho Getulio Vargas que assumiu o governo da República exatamente em 1930, e passou a comandar o país de norte a sul com uma força incrivel. Posteriormente em 1937 deu um golpe de estado implantou finalmente uma ditadura forteMesmo numa cidade pequena como aquela Getulio era o nome mais falado em todas as esquinasbares, bilhares. Só se falava em Getulio, e sempremencionando algum feito do Getulio. Naturalmente ninguem tinha nem vontade de falar mal do Getulio. Nos meus 4 pra 5 anos de idade Getulio falado era o nosso vizinhoque eu achava que era o máximo. O meu mundo era Fundão e o cara mais falado dali era o Getulio,que não era o "seu" Getulio nosso vizinho e sim o Chefe da Nação como era anunciado antes dos discu r sos que naquela época (4 anos). Eu felizmente não escutava nem sabia que existia, Graças a Deus+Me impressionava o "seu" GetúlioOutra figura que também conhecida era o seu Janjão, dono da padariaonde tinha o bilhar e o bar frequentado naquela parte da cidade onde eu morava numa casa grande com um excelente pomar nos fundos do quintalplantado por meus paisna base de chupar uma mangagostar plantar o carôçoSeu Janjão era casado com dona Euflorzina, se não me engano, e contavam que pra saber se a empregada dela estava com febre alta ela encostava em vez de usar as costas da mão como todo mundo fazia.
  
-Me impressionava o "seu" Getulio. Outra figura que tambemconhecida era o seu Janjão, o dono da padaria, onde tinha o bilhar e o bar frequentado naquela parte da cidade onde eu morava numa casa grande com um excelente pomar nos fundos do quintal, plantado por meus pais , na base de chupar uma manga, gostar e plantar o carôço. Seu Janjão era casado com dona Euflorzina, se não me engano, e contavam que pra saber se a empregada dela estava com febre altae la encostava o pé, em vez de usar as costas da mão como todo mundo fazia. Dia 10/12/9818 horas . Por hoje acabou meu tempo disponivel. Espero voltar o mais depressa possivel. Vamos vez se a motivação deste "conto" me faz demorar o mínimo possivel longe deste terminal.Hoje já é dia 21 de dezembro 1998, 2a. feira, estamos em torno das 20 horas. A sensação de escrever é bem motivante, talvez, aliás ceretamente porque são coisas que me recordam minhainfancia, meus primeiros anos de vida. Mas estas coisas permanecem muito vivas na minhamemoria, e é gostoso relembra-las. Vivi nesta pequena cidade de Fundão até antes de completar meus ssete(7) anos. Entre as mil e uma coisas que nunca sairam da minha memória estão a casa grande de assoalho de madeira, taboas largas, o quintal/pomar plantado por "seu"Luizinho e d.Ignácia, aliás mais por ela, é claro. Do lado da casa tinha uma garagem onde meu pai cuidava dos onibus e caminhões , pois ele tinha uma empresa(pequena) de transportes. Numa das vezes em que, num dia de domingo ele me levou de caminhão até o rio , e lá ele lavou o caminhão. Quando voltavamos pra casa, eu de pé e não sentado na "boleia", esbarrei na para brisa e quebrei um pedaço dum dente. Lembro tambem de uma tromba dagua que entre outras coisas atingiu uma usina de luz que iluminava a cidade, ou parte dela. O nivel do rio creceu muito e saiu fora do seu leito. Os bailes de carnaval que eram feitos no edificio do cinema e dos quais participavam todas as pessoas conhecidas . Me lembro do "seu"Getulio fantasiado durante o dia. O baile era ã noite no cinema. O baterista da banda que tocava no baile de carnaval era um dos motoristas da empresa do meu pai: o Arlindo, um mulato fortão, simpatico que devia fazer muito sucesso coma mulherada. Me agradava muito quando ele dava uma colher de chá na banda; acho que eu só atr apalhava. Porhoje é só. Aqui fico : dia 21/12/1998. +Dia 10/12/9818 horas. Por hoje acabou meu tempo disponível. Espero voltar o mais depressa possível. Vamos vez se a motivação deste "conto" me faz demorar o mínimo possível longe deste terminal. 
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 +=== 21/12/1998 === 
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 +Hoje já é dia 21 de dezembro 1998, 2a. feira, estamos em torno das 20 horas. A sensação de escrever é bem motivante, talvez, aliás certamente, porque são coisas que me recordam minha infância, meus primeiros anos de vida. Mas estas coisas permanecem muito vivas na minha memória e é gostoso relembrá-las. 
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 +Vivi nesta pequena cidade de Fundão até antes de completar meus sete(7) anos. Entre as mil e uma coisas que nunca saíram da minha memória estão a casa grande de assoalho de madeira, tábuas largas, o quintal/pomar plantado por "seu"Luizinho e Dna Ignácia, aliás mais por ela, é claro. Do lado da casa tinha uma garagem onde meu pai cuidava dos ônibus e caminhões, pois ele tinha uma empresa (pequena) de transportes. Numa das vezes em que, num dia de domingo ele me levou de caminhão até o rio, e lá ele lavou o caminhão. Quando voltávamos pra casa, eu de pé e não sentado na "boleia", esbarrei na para brisa e quebrei um pedaço dum dente. Lembro também de uma tromba d'água que entre outras coisas atingiu uma usina de luz que iluminava a cidade, ou parte dela. O nível do rio cresceu muito e saiu fora do seu leito. Os bailes de carnaval que eram feitos no edifício do cinema e dos quais participavam todas as pessoas conhecidas. Me lembro do "seu" Getúlio fantasiado durante o dia. O baile era à noite no cinema. O baterista da banda que tocava no baile de carnaval era um dos motoristas da empresa do meu pai: o Arlindo, um mulato fortão, simpático, que devia fazer muito sucesso coma mulherada. Me agradava muito quando ele dava uma colher de chá na banda; acho que eu só atrapalhavaPor hoje é só. Aqui fico: dia 21/12/1998. 
  
  
estorias_de_decio.txt · Última modificação: 2019/10/21 08:46 por cartola