O Sílvio sempre manteve seus cabelos compridos, curtia pulseiras de metaleiro, era rebelde, etc. Isso até o dia em que, no segundo ano do segundo grau, seu coração foi flechado pelo cupido. Cortou os cabelos, deu uma emagrecida, trocou letras de heavy metal por poesias, e até brinquinho passou a usar, tudo para conquistar o coração de sua amada! Notando o esforço do colega, eu, Mirony, Sérgio, César, Vítor, Pedro Paulo, Cartola, Buono, Caldi, etc. nos sensibilizamos com a situação e resolvemos colaborar para que ele alcançasse o coração de sua amada. Por essa razão, toda vez que encontrávamos o Sílvio conversando com a dona do seu coração (geralmente ele colocava as mãos para trás e ficava balançando uma das pernas durante os diálogos), nos aproximávamos e, visando criar um clima mais romântico para o encontro, nos colocávamos a cantar as belas canções dos comerciais da impecável Maré Mansa: "Amar é a gente ter alguém, que a gente goste de agradar! Amar é caprichar na roupa, para esse alguém se orgulhar ! Amar é... (ou: A Maré...) A Maré Mansa tem de tudo, para realçar sua elegância !" e "Eu só me visto na Maré, as gatas não saem do meu pé !" Ah, qual a mulher que não gosta de uma serenata? Obviamente com uma ajuda tão romântica da galera, e sempre cercado de cantores dedicados "surgindo do nada" onde quer que tentasse se esconder, o Sílvio conseguiu conquistar sua amada, que logo se tornou sua namorada. Só não compreendo a razão pela qual ela não ia muito com a minha cara e a de alguns outros integrantes do grupo dos cantores... Ingratidão... Quem afinal entende as mulheres ?