Centro do Centro do Rio de Janeiro, o Largo da Carioca é palco de artistas de rua, religiosos, camelôs, punguistas, ambulantes e inúmeras, possivelmente dezenas de milhares de pessoas que circulam diariamente em suas rotinas de trabalho.
Olhando em volta é possível ver diversos edifícios muito conhecidos, como o Edifício Avenida Central, que leva o nome antigo da Avenida Rio Branco, o Edifício Rodolpho de Paoli, etc
Muitas grandes empresas também tem prédios vultosos por ali, como a Petrobras, com o EDISE e o Ventura, que aparece um pouquinho por trás do prédio do BNDES, a Caixa Econômica Federal, logo ao lado do Av. Central, o Citibank Tower e o Banco do Brasil, na Senador Dantas.
Quem passa por ali vai reconhecer esses e muitos outros pontos, alguns de interesse turístico, como a Catedral, pouco atrás da Petrobras, o Convento de Santo Antônio, sendo restaurado, e o próprio Largo da Carioca, que podemos ver na foto ao olhar para baixo.
Ficha Técnica:
Essa foi a primeira foto que fiz usando um suporte vertical para a câmera no quadcóptero.
Isso já facilitou um aspecto da montagem, pois toda a cena sem o céu se encaixou em apenas uma linha de imagens. Como o veículo não fica muito estável ao fazer o giro esse é um aspecto relativamente crítico para a montagem. Ainda assim ocorreram muitos erros de parallax, exigindo bastante pós edição.
Na tentativa de reduzir os erros de junção, causados pela diferença de perspectiva ao girar sem manter um eixo estável, configurei o Hugin, que faz a costura, para considerar cada foto como tendo sido feita com uma lente diferente. Em princípio isso ajudou bastante, reduzindo as distâncias finais entre pontos de controle, mas ao custo de distorcer as linhas de alguns prédios. Para evitar isso era importante ter colocado mais linhas verticais sobre os prédios, para evitar o problema.
Minha perspectiva é colocar um pequeno motor para fazer o giro da câmera, de modo que eu não precise girar o veículo e isso faça o giro ficar mais fixo no eixo de rotação, evitando ou reduzindo muito o problema de parallax.
- Câmera: Gopro Hero 3
- Veículo aéreo: DJI Phantom com suporte para usar gopro na vertical v1.0
- Giro: Disparos a cada 2s tentando girar 45 graus na horizontal com a câmera a uns 45º para baixo + 1 foto para cima (zenith)
- Fotos utilizadas: 12 JPG’s com 12megapixels em cada tomada
- Imagem final: 12640×6320 pixels = 80 megapixels
- Softwares utilizados: Hugin, GIMP, Panini, ImageMagick, Panotools Scripts, krpano tools
- Plugin: krpano viewer
Abraços, Cartola.
Olá. Você pode explicar em detalhe como fez o guimbal?
Obrigado
Oi Pedro,
posso sim, mas o ideal era fazer umas fotos dele e não tenho como fazer isso agora. Eu basicamente usei barras de alumínio. Prendi uma no local onde o suporte original da gopro fica preso. Ela foi dobrada em curva até ficar na vertical. Vou tentar descrever a curva.
Imagine uma barra de alumínio dobrada em U. Agora imagine uma caixa, tipo uma caixa de sapatos. Imagine que uma extremidade do U, aquela que é presa no local do suporte original da gopro, seja presa, por dentro da caixa de sapatos, na tampa da caixa. Nesse momento a outra extremidade do U está na posição boa pra ser presa no fundo da caixa, certo? Desde que a caixa tenha a altura igual a largura do U eu poderia prender a outra extremidade no fundo, certo? Ao invés de fazer isso eu dobrei o U de modo a permitir que a outra extremidade fosse presa na lateral da tal caixa, mantendo a primeira extremidade para ser presa em cima.
Bom, entendida essa dobra doida, na outra extremidade do U eu prendi mais uma pequena barra reta de alumínio, pequena mesmo, talvez com uns 7cm. Uma foi presa na outra apenas por um parafuso com uma porca borboleta, permitindo a articulação da barrinha. Na outra ponta da barrinha fixei o suporte original da gopro que veio com o Phantom e aí botei a gopro, que ficou articulada em função da barrinha articulada. Dessa forma posso regular a inclinação da gopro.
Deu pra entender? rs
Abraços, Cartola.
Oi novamente Pedro,
segue a página que fiz com uma descrição mais “amigável” e algumas fotos: http://wp.me/P1AGa0-my
Abs, Cartola.
Obrigado pela ajuda 🙂
Parabéns pela linda imagem, cada vez surpreendendo mais! Você usa alguma segurança para voar com pessoas embaixo? Acabei de comprar um DJI F550 e meu grande dilema é a segurança para sobrevoar com pessoas embaixo. Grande abraço, André
Oi André,
eu ainda estou estudando se há alguma possibilidade. De modo geral não se recomenda pilotar com pessoas embaixo. Na ocasião eu tentei deixá-lo sobre a área de jardins, mas nada garante que ele, numa pane por exemplo, não iria para cima das pessoas. Há manutenções e pequenas checagens que se pode fazer. Lubrificar os motores periodicamente, verificar os apertos da estrutura e parafusos, fazer um pequeno teste de voo antes de subir de vez, conectar a placa controladora ao computador para verificar mais dinamicamente se tudo parece normal, etc. Me cadastrei em grupos sobre o assunto no facebook, mas em alguns houve pouquíssima resposta a esse tipo de pergunta. Vejo que a maioria das pessoas talvez não façam nada a respeito, apenas vão lá e voam.
Outra coisa que procuro é manter as habilidades de pilotagem em dia. Possivelmente há coisas que ainda não sei, mas já aprendi os atalhos do controle para desligá-lo imediatamente, o que não sabia de início, e sei que posso trocar os modos de pilotagem durante o voo, saindo, por exemplo, do auxílio de GPS para ATTI, que me dá mais controle sem atitudes mais radicais por parte do aparelho. Pelo que já li pode haver, por exemplo, interferências no GPS (como alias pode ter em outras coisas). Felizmente hoje esses bichinhos tem muita inteligência, como o failsafe que faz ele voltar ao ponto de partida em caso de pouca bateria ou perda de contato com o controle remoto, mas, como já disse e é a forma correta de pensar no meu entender: tudo pifa um dia.
Cheguei a pesquisar sobre para quedas também, mas até onde consegui chegar a coisa é totalmente incipiente, até difícil de obter.
Se tiver mais alguma dica, alias, pode me passar? rs
Abraços, Cartola.
Obrigado Cartola, como sempre prestativo e paciente! Sou totalmente iniciante neste assunto e pesquisando muito. Ainda não subi o bichinho, hehehe. Estou treinando no simulador primeiro par criar coragem. TUdo que descobrir e tiver resposta pode deixar que te falo sim. Vamos colocar este assunto tão importante em discussão sim. QUando estiver em Belo Horizonte entre em contato, terei o maior pazer em te conhecer pessoalmente. Abraço.
Valeu André!
Excelente, ano passado recebi um email de uma empresa americana oferecendo o aparelho Quadricóptero mas com um suporte para câmeras maiores, CANON, NIKON, etc.
Oi Gilberto,
existem vários modelos capazes de carregar mais peso, mas são, claro, mais caros. Há a questão da segurança também. Tudo um dia pifa. Tenho tentado estudar o que fazer pra tentar prever que a coisa vai pifar, mas é difícil, então, no dia que pifar, melhor estar com uma gopro em sua caixa estanque a prova de 60m de profundidade (e consequentemente mais resistente a impactos) do que com uma 5D 🙂
Grande abraço e obrigado pelo apoio!
É isso ai Cartola, a Gopro até bem a demanda e diminui os possíveis prejuízos com um equipamento mais caro.
Na próxima viajem que fizer, vou tentar passar em sua cidade e conhecer seu trabalho.
Parabéns, sempre nos surpreende com novidades e inovações.
Gilberto Moreira
http://www.styluss.com.br
Tranquilo Gilberto,
se vier a gente combina de se encontrar!
Abs, Cartola.